Grito de Verão
Que venha a alma loura
Rasgar-me o semblante
Pois todo implante
É no coração que coça.
Que traga a broa dos encantos alvejados com coco
Meus lamentos em dias de chuva, intensificam-se
E hão nas ceias, os pinotes especuladores.
Donde grita o camelo de sedento cimo, ruge o vento
Trouxe-me a pouco, a água fresca da loquaz vereda
O capuz de bocal me atinou, sozinho:
Ode àquela tarde do bote, da caravela!
(ei-la)
Ascende, é dela
De cravo, sem lapela.
Vão esfumaçados
Esmiuçados grãos, são resquícios filtrados
De gasolina e murta, a tela acusa a paz
E hão mais:
Os subterfúgios dos verbos e alamedas
Incitar-nos-ão;
É verão!