Frescamente

Corre pela hifa veia, a cadaverina

Composto deliciado de avareza

A enterrar sob os dedos de lama

A manca perna da delicadeza.

Percalço no alto ninho putrescente

Estuporadas feridas, infetados cancros

São bueiros de fogo e de inferno

Ogras posses da tatuada lampreia.

Dez palavras ao cemitério dos ardores

Venerados pudores, escolioses filtradas

Contudo, grita ao longe, a larva invasiva

Aspectos funestos das rugas.

À sorte dum requerido infortúnio, a lua treme

Donde crocitam galhofeiras rapinas celestes

A ferro, passa a barda de capas, rubra hora

Pelo pêlo enroscado no arame, foi-se agora.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 31/07/2006
Reeditado em 23/04/2007
Código do texto: T206072
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