O que queres?...

Vento ou calmaria... Páginas escritas ou borradas pela tinta das ilusões?
Gosto de rima ou de espetáculo?... Gente com cor ou autorretrato?
Serenidade só se faz com companhia... Com gestos de todos os dias...
Com luzes e cores... Com dança e criação... Com beijos para saciar o colo...
Estradas de águas... Caminhos construídos... Sem falsos artifícios.
Modelamos os sonhos... Acredito. Mas, criamos verdades... Isso eu solidifico.
Mergulha-se tanto e afoga-se apenas com calcanhares... Recorte perfeito, entre milhares.
Amo-te em cores fortes... Em magia destinada... Em versos desgarrados da garganta... Quase rótulas... Rotas dos joelhos...
Lâminas d'água que ainda encontras... Mas, que te escorregam pelos dedos...
Manca escolha de discos... Marcos envoltos em meus lenços...
De tudo, nada sei... Do nada, sei tudo decorado com fitas...
Decorados dias... Essas tuas manias...
Colher flores na memória... E deixar o canteiro do tempo vazio...
Com o tempo, resta-nos a história... Um flagelo que balança despercebido.
O amar em quedas d'águas...  Encharcar-se de heras...
Transformar o Amor em fatos... Atos... Em gestos e risos... Sem a melancolia que brota das crostas que crias...
A semente germina... Pescar sonhos... Na ponte tardia...

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