[Desenlace]
Às vezes ainda tento,
mas vou a esmo,
pois não sei mais
a que horas te encontrar...
e deveria saber?!
Como, se o nosso novelo
ficou assim, esticado
ao comprido do fio,
e não tem mais onde?
De tarde, não é;
de noite também não;
e pelas manhãs, nem ouso...
sei lá de que mundos,
de que sonhos...
O que é isto senão
desenlace de vidas?
E tudo o que faço
é ir escrevendo...
e indo sem onde,
ao comprido dos dias,
dias meus, só meus!
[Penas do Desterro, às 2h13 de 29 de janeiro de 2010]