[Desenlace]

Às vezes ainda tento,

mas vou a esmo,

pois não sei mais

a que horas te encontrar...

e deveria saber?!

Como, se o nosso novelo

ficou assim, esticado

ao comprido do fio,

e não tem mais onde?

De tarde, não é;

de noite também não;

e pelas manhãs, nem ouso...

sei lá de que mundos,

de que sonhos...

O que é isto senão

desenlace de vidas?

E tudo o que faço

é ir escrevendo...

e indo sem onde,

ao comprido dos dias,

dias meus, só meus!

[Penas do Desterro, às 2h13 de 29 de janeiro de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 29/01/2010
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T2057347
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.