Incrustada vontade...
Incrustada vontade...
Ainda há no todo uma vontade que não sacia,
Há nos brancos papéis o vazio da solidão
Na ordem da cama arrumada o desejo velado do desalinho
Há versos que querem ser ditos, urgem ser expelidos.
Palavras que rebuliçam a alma,
Vontade insone de transgredir, traduzir querer em amar...
Há uma invisível alvura de letras, transparência verbalizada.
Palavras escondidas sob um véu transparente das vontades...
Um lacrado baú de intenções a serem transpostas
Cujo lacre é suave risco de giz...
Vivem resolutas paixões que instam viver
Batendo a porta do sótão, suplicando escadas,
Escapar da torre, atirar-se ao abismo,
Há sinos repercutem, ecoando sons,
Traduzidos em ardências, frigindo emoções,
Ainda há muros de seda a transpor, véus que anseiam voejar...
Tem um fogo quase incontido queimando a pele, o imaginar.
Há sumos que fluem, rios que visam incontestes o mar bravio.
Eu, bandeira acenando, ilha solitária, buscando ardentia
Eu querendo me socorrer da falta explicita de ti...
Eu solenemente repleta da tua trágica ausência,
Eu... abstida de qualquer indício de ti.....
Conclusa e rematada,
Sem ti...