Degraus...

Elaborei as mais nobres sentenças... Cálculos entre paredes de vidro...
Falho em letras... Em andanças... Não há perfeição... Há adequação celular...
Qualquer falta de sintonia... Apresenta-se o caos... E tudo vira uma falha de proteção... Assim, seguimos os andaimes, as escadarias de medos...
Mas, como nem tudo é perfeito... Subo pelas esquinas de mim...
Sei das lacunas... Limito-me em todas as artimanhas... Tento não colocar tudo na balança... Mas, a perfeição não é o meu foco... Sou o caleidoscópio de folhas soltas...
Estive no meio das águas... Olhei o caminho a ser seguido... Deslizei nas correntes de um lago...
E um manto de água cristalina seguia degraus... Descia ou subia, dependia do olhar..
Ouço-me no que eu digo... Calo-me, diante de tal perfeição... Um recorte momentâneo de perplexidade...
Notar que a natureza é bem melhor no que faz...

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