Ínfima despedida.
Entre o céu e o inferno
Entre a cruz e a espada
Ela foi embora com meu coração
Deixando pra trás sua maldição
Solidão vadia foi o que ficou
No lugar da paz
E tuas sangrentas amarguras
Contaminaram a nobre criatura
Tão divino e pecaminoso
Sombrio e iluminado
Cavaleiro corajoso
que por sua amada foi encontrado
E tuas vestes que antes lhe serviam para alguma coisa
Representas um monte de trapos
E suas vitórias e glórias de nada serviram na sepultura
Ela lacrimejou diante da lembrança
Diante daquele corpo, homem valente
Desejara apenas mais uma vez
Sentir sua vida em tuas mãos
Para nunca mais ter que dizer adeus.
Ela o deixou partir.
Com aperto desgostoso
Olhar despojado
De brilho saudoso
Para a paz eterna curtir
Adeus meu amor.
Vais ao encontro do eterno descansar
Enquanto fico aqui nesta vida a vagar
Resignando-me desta dor.
Para logo mais te encontrar.
Leve consigo, meu homem amigo.
O beijo que nunca te dei.
De tantos momentos que sonhei.
Que agora, jamais terei.
Mas não és o fim
A vida continua,
Você perpetua
Aqui dentro de mim.