(AINDA SEM TÍTULO)
Há sensores em meus poros; senti tua presença.
Percebi a silhueta de tua face oculta e nua.
Sei que me espreitas, ainda que alhures
Trás as cortinas secretas de teu íntimo.
Mas, aí estás, bem sei;
Meus apurados sentidos não me traem.
Ademais, encontrei pegadas frescas;
Eram tuas digitais no meu coração.
Que Estranho! A que se deve esta atitude?
Seria timidez, sagaz astúcia,
Pura ameaça ou me cortejas, apenas?
Nada importa, se te percebo ... e te desejo.
Vem! Desvela o rosto que me nega o alcance.
Embora pouco, luze os olhos de aura ditosa
E reina plena com tua imagem e teu carisma,
Ao menos hoje, furtiva, em minha imaginação.