(AINDA SEM TÍTULO)

Há sensores em meus poros; senti tua presença.

Percebi a silhueta de tua face oculta e nua.

Sei que me espreitas, ainda que alhures

Trás as cortinas secretas de teu íntimo.

Mas, aí estás, bem sei;

Meus apurados sentidos não me traem.

Ademais, encontrei pegadas frescas;

Eram tuas digitais no meu coração.

Que Estranho! A que se deve esta atitude?

Seria timidez, sagaz astúcia,

Pura ameaça ou me cortejas, apenas?

Nada importa, se te percebo ... e te desejo.

Vem! Desvela o rosto que me nega o alcance.

Embora pouco, luze os olhos de aura ditosa

E reina plena com tua imagem e teu carisma,

Ao menos hoje, furtiva, em minha imaginação.

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 26/01/2010
Reeditado em 25/03/2012
Código do texto: T2053098
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