VIDA DE SONHADOR
Ah minhas vontades, meus sonhos passados..., já fui boiadeiro, comi poeira como quem suga o ar da montanha, e senti o aroma do estrume como cheiro de vida e existência divina. Já surgi de versos e prosas, combinando rimas e me fazendo o grande desejo de ser poeta. Já cantei, desafinado, uma cantiga de amor, uma canção de revolta ou acalanto notívago. Já me fiz amante ou machão com a máscara da força e as lágrimas da insegurança, homem literal, na íntegra e solitário. Ah essas minhas vontades, se não foram vaidades, foram vontades que a vida e o bom senso me serviram como apenas idéias, que me ajudaram na construção de uma única poesia, essa minha vida real de sonhador.
Ah minhas vontades, meus sonhos passados..., já fui boiadeiro, comi poeira como quem suga o ar da montanha, e senti o aroma do estrume como cheiro de vida e existência divina. Já surgi de versos e prosas, combinando rimas e me fazendo o grande desejo de ser poeta. Já cantei, desafinado, uma cantiga de amor, uma canção de revolta ou acalanto notívago. Já me fiz amante ou machão com a máscara da força e as lágrimas da insegurança, homem literal, na íntegra e solitário. Ah essas minhas vontades, se não foram vaidades, foram vontades que a vida e o bom senso me serviram como apenas idéias, que me ajudaram na construção de uma única poesia, essa minha vida real de sonhador.