O Homem das Etiquetas...
Ele estava sentado na esquina... Não dizia nada... Apenas sentado.
Podia colecionar todos os discos... Sei disso.
Era, verdadeiramente, pensativo.
Ele olhava para o nada... Etiquetava sonhos.
Primeiro o meu... Depois esse... Aquele, depois do fim... O outro, refletido na água dos olhos...
Assim, os dias passaram... E o homem não dizia nada para si...
Rasgou tantos sonhos, apenas porque não conseguia a etiqueta correta...
Olhei a cena, completamente, encantada... Porque aquilo, a mim, dizia tudo... Talvez, eu fosse o nada.
Muitas tramas, em um mesmo significado...
O brilho dos ares... Respira-se o tudo... Sufoca-se com o nada.
Esse resvalo das entrelinhas diz-me para não esquecer aquela cena...
Quando menina, eu olhava o riacho... Debruçada no peitoral da ponte...
Recolhia-me por horas a fio... Esperando alguém que não vinha... (Ninguém se aproxima da sua face de fato... Como achar o que já se é?...)
Muitas voltas na balança... E jogava sem medo todas as dúvidas na varanda...
Olhei aquele homem que etiquetava, pensei na revelia das questões...
Perguntas sem respostas... Respostas com ares de cuidado... E o homem ainda não sabe... Falta-lhe a ponte para recostar hipóteses concretas... ( Possível isso?... 'hipotetizar' o concreto. Ainda não sei... Nem existia essa palavra!)
Por intermédio da varanda, porque através gera transparência e, para que o texto não pareça desconexo, pude ver a ponte que jorra pedras sob seus olhos... Ela dizia baixinho "Escorra por entre os dedos o que não for verdade"...
Claro fica o etiquetar... Modular desconexos estandes de prateleiras para o céu...
Galgamos tudo... Mas, não se pode galgar todos...
Filosofar a ética, afinal...
22:15
Ele estava sentado na esquina... Não dizia nada... Apenas sentado.
Podia colecionar todos os discos... Sei disso.
Era, verdadeiramente, pensativo.
Ele olhava para o nada... Etiquetava sonhos.
Primeiro o meu... Depois esse... Aquele, depois do fim... O outro, refletido na água dos olhos...
Assim, os dias passaram... E o homem não dizia nada para si...
Rasgou tantos sonhos, apenas porque não conseguia a etiqueta correta...
Olhei a cena, completamente, encantada... Porque aquilo, a mim, dizia tudo... Talvez, eu fosse o nada.
Muitas tramas, em um mesmo significado...
O brilho dos ares... Respira-se o tudo... Sufoca-se com o nada.
Esse resvalo das entrelinhas diz-me para não esquecer aquela cena...
Quando menina, eu olhava o riacho... Debruçada no peitoral da ponte...
Recolhia-me por horas a fio... Esperando alguém que não vinha... (Ninguém se aproxima da sua face de fato... Como achar o que já se é?...)
Muitas voltas na balança... E jogava sem medo todas as dúvidas na varanda...
Olhei aquele homem que etiquetava, pensei na revelia das questões...
Perguntas sem respostas... Respostas com ares de cuidado... E o homem ainda não sabe... Falta-lhe a ponte para recostar hipóteses concretas... ( Possível isso?... 'hipotetizar' o concreto. Ainda não sei... Nem existia essa palavra!)
Por intermédio da varanda, porque através gera transparência e, para que o texto não pareça desconexo, pude ver a ponte que jorra pedras sob seus olhos... Ela dizia baixinho "Escorra por entre os dedos o que não for verdade"...
Claro fica o etiquetar... Modular desconexos estandes de prateleiras para o céu...
Galgamos tudo... Mas, não se pode galgar todos...
Filosofar a ética, afinal...
22:15