De todas as minhas viagens e dos inúmeros caminhos percorridos, de tudo por mim sentido, desde a transparente razão, aos erros cometidos; às dores, a indolência, clamores, e clemência... Dentre essa multiplicidade de sentires brotou, um sentir mais forte, até mesmo... que a própria morte: O meu amor por ti!
Esse amor incansável, que comigo dorme e acorda... Dia, noite, e madrugada; na caminhada, na poeira da estrada, ou, no brilho do escritório... O meu sentir é notório, ó
Insaciável companhia!
És meu vício, o meu ofício, a doce prisão que tanto anseio; os teus abraços sem braços, jamais me deixam só!
Quando por pouco adormeces, meus olhos te acariciam. Diante de mim, ficas nua... emociono-me!
Musa de minh’alma, me ensandece e me acalma!
Adentro os teus mistérios... Aspiro-te, respiro-te, transpiro-te, enfim!
Dos meus poros, o suor são lágrimas, pranto suave e manso; escrevendo-te fico tonta, lendo-te é puro encanto.
Prosa Poética:Essa Mulher Chamada Poesia, Recife, 23/01/10.
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