Outras estações.
Há tempos que carrego uma saudade
No meu manancial de inocência,
Para enflorar meu espírito em veleidade,
Flores e frutos deixados por descendência.
Há tempos que anuncio teu sorriso,
Entre multíplices e cálidas auroras,
Que a ti dedico meus improvisos,
Expostos no jardim que tem lá fora...
Há tempos que adormeço em teus braços
E na ternura que tu aleatoriamente me dás,
Volto ao começo no acalanto de um abraço,
Entro em meu coração, onde estás,
Há tempos que teu olhar nos denuncia,
E enrubesces com vento quente que sopra em tua tez,
Apresentas-te sempre antes do clarear o dia
Para por a saudade de lado outra vez...
Há tempos que meu coração andava tristonho,
Espiando-te na janela sem saber por onde andavas.
Há tempos que te busco em cada sonho,
Pressentindo teus passos silenciosos onde estavas,
Há muito tempo que comando este questionamento,
Procurando-te na minha simplicidade,
Retrocedendo na união do ninar de um alento,
E ingressando para dentro de tua docibilidade!