Outras estações.

Há tempos que carrego uma saudade

No meu manancial de inocência,

Para enflorar meu espírito em veleidade,

Flores e frutos deixados por descendência.

Há tempos que anuncio teu sorriso,

Entre multíplices e cálidas auroras,

Que a ti dedico meus improvisos,

Expostos no jardim que tem lá fora...

Há tempos que adormeço em teus braços

E na ternura que tu aleatoriamente me dás,

Volto ao começo no acalanto de um abraço,

Entro em meu coração, onde estás,

Há tempos que teu olhar nos denuncia,

E enrubesces com vento quente que sopra em tua tez,

Apresentas-te sempre antes do clarear o dia

Para por a saudade de lado outra vez...

Há tempos que meu coração andava tristonho,

Espiando-te na janela sem saber por onde andavas.

Há tempos que te busco em cada sonho,

Pressentindo teus passos silenciosos onde estavas,

Há muito tempo que comando este questionamento,

Procurando-te na minha simplicidade,

Retrocedendo na união do ninar de um alento,

E ingressando para dentro de tua docibilidade!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 23/01/2010
Código do texto: T2046687
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