Elos...
 
Paredes brancas... Os olhares pelas frestas cor-de-rosa...
Um dia, nesse apocalipse de ideias... Meia-volta em mim... O lado oculto da Lua... O escondido hemisfério lunar.
Acredito em milhares de estrelas... De vultos a rodearem o meu travesseiro... Uma lógica lenta... Areia movediça de sentidos...
Que acreditem...
Os elos de uma corrente... Uma volta em tornozelos... Tantos zelos afinados em meus chocalhos.
Movo o dia... Com a água fria... Soluço aos ditos... Sou o meu próprio precipício.
Sou como milhares de estrelas... Brilhos... Mortas?
Em sílaba retorcida, encontramos o corte... Recorte de medos e fivelas.
Em páginas amareladas, cuspo o meu veneno... O rodear de dedos... Mais zelos.
Em contrapartida, movo os calcanhares em tua direção... Viro as páginas seletas em construções.
As folhas mansas... O salivar da minha boca...
Metáforas de cristal... Algo aceso... Algo do avesso.
Eloquente?... Rebuscamento de folhas... Mortas... Algumas glosas.
Perdemos o fio... Das moiras encontramos o embaraço... O meu cansaço.
O dizer que me amas... Em colo recostado.
O elogio manso... Nas cores da nuance esverdeada dos meus olhos... Minhas vestes, em relicário afeto.

Moveria as luas, em gato de Alice...
Moveria as ondas, em gotas de suor...
Movemos os dias, em beijos enlouquecidos pelos ditos...

E a prosa vasculha o fundo do oceano... Insano?



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