Do Cinza ao Prisma
Eu pincelo a realidade
E ela se torna mais viva.
Eu convido minha mente
A vagar a procura do novo.
Eu sabia que era o vento
A me chamar pela janela cinza.
Por que você continua a vir
Desfarçada de natureza?
Eu sei que não sou daqui.
Essa tonalidade nunca me agradou.
Você quer me encontrar de novo?
Já nos encontramos antes?
Quando aprendi a ouvi-la, a visão da alma deixou de ser turva. As cores não são mais frias.
Só agora vejo pessoas coloridas rindo
Do outro lado da ponte de tintas.
Elas apontam pra mim sorrindo.
Chamam como se me conhecessem.
Deixo minha casca cinza no chão,
Ando na direção deles mais leve.
A intensidade das cores me desperta.
Agora sim me sinto em casa.