Eu sempre quis escrever um poema com o título de alumbramento, mas essa inspiração sobrenatural nunca veio.
Ainda que a Poesia ilumine o canto mais escuro da alma, nem sempre ilumina todos os cantos. Há que ter escuridão e silêncio. Um tanto de tristeza. Morre-se com a Poesia, não se nasce nem se renova, não se descobre a si mesmo, não se melhora, não se evolui, aquele que faz poesia não enriquece, nem materialmente, nem espiritualmente, não se torna outro... ao contrário disso, torna-se o mesmo que se é e sempre foi e será, torna-se meramente humano, demasiado humano.
Ah! Cada amanhecer tão sublime e cada entardecer maravilhoso, todas as belezas da natureza, as cores, os perfumes... o poeta só sabe sentir e falar disso quando emerge de suas próprias cinzas, quando se levanta de sua lama, quando se afasta um mísero segundo de sua tristeza e de sua miséria humana, para poder cantar exatamente a glória de ser mais que isso, mais que belo e mais que humano, num absurdo alumbramento.
Quem sabe dessa dor, quem a sente, quem fala dela sem medo nem pudor, quem aceita essa dor ridícula e absurda de viver? A pergunta é minha, a resposta não!
Que seja assim... nem ao menos disse tudo o que queria e ainda fico devendo um poema com alumbramento.
Por enquanto, ainda, essa busca, essa miserável espera, esse sofrimento de ter de caminhar, essa dor de calar no alumbramento o canto de qualquer poesia.
Ainda que a Poesia ilumine o canto mais escuro da alma, nem sempre ilumina todos os cantos. Há que ter escuridão e silêncio. Um tanto de tristeza. Morre-se com a Poesia, não se nasce nem se renova, não se descobre a si mesmo, não se melhora, não se evolui, aquele que faz poesia não enriquece, nem materialmente, nem espiritualmente, não se torna outro... ao contrário disso, torna-se o mesmo que se é e sempre foi e será, torna-se meramente humano, demasiado humano.
Ah! Cada amanhecer tão sublime e cada entardecer maravilhoso, todas as belezas da natureza, as cores, os perfumes... o poeta só sabe sentir e falar disso quando emerge de suas próprias cinzas, quando se levanta de sua lama, quando se afasta um mísero segundo de sua tristeza e de sua miséria humana, para poder cantar exatamente a glória de ser mais que isso, mais que belo e mais que humano, num absurdo alumbramento.
Quem sabe dessa dor, quem a sente, quem fala dela sem medo nem pudor, quem aceita essa dor ridícula e absurda de viver? A pergunta é minha, a resposta não!
Que seja assim... nem ao menos disse tudo o que queria e ainda fico devendo um poema com alumbramento.
Por enquanto, ainda, essa busca, essa miserável espera, esse sofrimento de ter de caminhar, essa dor de calar no alumbramento o canto de qualquer poesia.