Arf... Sou poeta
Nas horas mais inusitadas... Sou poeta antes do sexo, no decorrer e nas despedidas dos motéis ! Sou poeta ao tentar morrer, quando acordo e quando durmo, quando existo e quando quero. Há apenas poemas em minha mente? Sou fruto dum colapso estranho que me transformou numa máquina de palavrear?
Nas horas mais inusitadas... Agora, por exemplo, antes do sono, do sexo puro, dos orgasmos, do banho, das articulações acomodadas... São plenos os momentos, eficazes e plenos. Sou meio e só meio, que o começo e o fim são posições bastante privilegiadas. Sou poeta como humano, sou poeta e sou humano, sou humano abestado: menino do mato que hoje escreve aos montes. Sou um ser meio ameno, constante, admoestador...
E olha eu aqui, descrevendo-me, através de palavras.
E...
Poetas são crianças, daí, balbuciar-se tanto.