Proteção divina
Era manhã, tão de manhã, cheia dum amanhecer belo e singular. E eu na trajetória rotineira, alcançado pelos ventos tépidos, abraçado pela paisagem solta e verde, circunflexo em momentos de não-metafonia da vida. Não dá pra entender muito, mas, pra que entender as coisas, se não passamos de ausência de entendiemto em matéria estritamente entendida?!
Continuo... A cada passo: memórias, a cada memória: mais passos, a cada resolução: eu e o resto do mundo, todo meu, gozável, ilimitado e (ainda) verde. Como é belo o verde que me sacia a visão !
Como são belos os pombos que me escoltam de um extremo ao outro, guardando-me, preservando-me, acolhendo-me sob asas que de forma exata me fazem lembrar e acreditar nas asas do soberano, que, quando em trevas, onde o verde se torna cada vez mais musgo, eu acho-me sozinho, à luz da lua, eu e a estrada, eu e os restos.
Mas não duvido. Hesito em duvidar. Persisto na minha louca jornada...
Persisto assim: permanecendo sob as asas de Deus.