DESPERTAR
Acordou cedinho, pelas 6,00 horas da manhã.
O céu estava se transformando.
Estrelas refugiavam-se entre as nuvens de prata deixadas pela lua cheia da noite de verão.
Sabiás, canários e gaivotas em seus cantos e revoos despertaram o poeta para um novo dia de muita luz.
O marulho das águas, a areia alva e os barcos no horizonte arrancaram um sorriso angélico de seu rosto entorpecido.
O aroma da maresia inebriou seus sentidos.
A brisa morna acariciou-lhe o corpo desnudo.
Tênues raios de sol surgiam sobre a calmaria do mar, perfurando as plúmbeas nuvens.
Sentiu a vida, o sangue latino a percorrer-lhe as veias.
Céu, mar, sol, vida...sentimentos.
Que paz!
Que belo momento!
Mas nem tudo foi perfeito no maravilhoso despertar.
Não tinha a presença daquela mulher para partilhar o lindo alvorecer.
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