Liras
Minhas epopéias
São vagões trilhando, soltos
Breve louro da batalha ganha.
As fragrâncias liquefazem
À certa praia dum pôr-do-sol inequívoco
(ao rufar dos surdos).
Sob a pérgula, enjeita o sangue ardente
Jaz no maltrapilho ventre, bolhas e caldo
A me alimentarem sem reforço, nem cálcio.
O mesmo sismo balão a escarafunchar nos azeites
E muitos gamam no jogo cenho, porém desentocado
Vem a pipilar, saracoteando o rabo de raposa.
Não mais (nem menos) encarapinhado
O louro da batalha perdida
Peças em feridas chicoteadas, inanimadas.
Num dia calmo e de veraneio
Eu hei de ter o felsito da utópica caverna
Brotando estalagmites, donde hiberna o urso.