São Ervas Daninhas

Tomara os chulos,

Sem perfumes na mente

Não ousem criticar meus versos

Nem posem por oxidar soneto algum.

Eles tomam manteiga de copo

Quente na manhã dos cafés frios

Jogam peteca na escada da morte;

Não os vemos, nossas íris abaladas...

Deixe-o cuspir na abóbada celeste

O roncado deja vu do espírito corvo

Quanta usura!

Vem-me à alma, a alegria fundamentada

(por ventura, será o eterno gauche).

Aquece o solar à magnitude do engalanado

Um dedinho de pólvora;

Ele de ofíase padece, pouco a pouco

No certo tempo, insolação, um câncer

Pisoteio na paina gigante.

Termômetros comedores de pipoca

(em dias de ócio prolongado)

Acusarão a insuportável Veneza

Que banha e encharca como champanha

Contudo, parece-me pátria

A enlaçar, sorrateiramente, seus cadarços.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 27/07/2006
Código do texto: T203230
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