Arquivo morto
Nas paredes carcomidas da memória
A tinta escorre das lembranças
Que aos poucos...
Vão se apagando na história.
Restando apenas as vagas sensações
De um plano que se perdeu no tempo.
E o resgate do passado se torna lento
Na busca de velhas ilusões.
Entre sonhos amorfos...
No mofo do sentimento incolor
As traças ainda se deleitam
Numa sobra de romance mal fadado.
A lágrima da certeza passada...
Faz nascer, fungos do esquecimento
E tudo vai se apagando lentamente.
A alquimia se perdera na receita da cura
Da dor do amor que nunca existiu.
Mera recordação...
Inventada, para a sobrevivência da criação!