Vulneráveis e vencedores (ao Haiti)
Não estávamos lá? Não sentimos a mesma dor? Escombros, plurais desfeitos, heroína que se foi, abalos sísmicos, centro das atenções?
Que morte !
Desfaz-se a coisa terrena, abrigos se vão, ruas se unem para nos servir de cama e casa, e falta água, e faltam luzes, humanas e sobrehumanas, luzes daqui, luzes do além...
E que além é mais aquém do que o nosso estado mortal ante a face do mundo, ante os olhos de Deus?!
Deus: um pouco de misericórdia aos meus irmãos. Um pouco de milagres entre nós, sarando a terra, erguendo os povos, soprando vida e mais vida onde há muito há morte.
E não estávamos lá, amor, nas esquinas abaladas? E os nossos soldados, o que são agora? Onde está a nossa guarda? Somos assim vulneráveis ao acaso, ou simplesmente predestinados às intempéries desta terra tão furiosa?
Força, irmãos, força. Surgiremos mais uma vez, dando provas da nossa natureza perpétua, provando que Deus existe através do nosso maior diferencial: A ETERNA RESISTÊNCIA À VULNERABILIDADE DA VIDA.