Fui ao alem, acha-me
A corrente imaginária é fria e árida, o tempo percorre as raízes do espaço ínfimo, entre tronco e folhagens.
A imagem da paisagem é espera...fui ao além em busca de mim para achar-te.
E devorada as plantas como nutrientes das expectativas, a vida fez-se de um encontro.
O amor reina entre as bromélias e um tronco de árvore partido.
A vida invade a manhã por trás da colina.
E onde o sol se abre, é aí sim que abraço o tempo sem medo de ser apenas plâncton.
As correntes são marinhas.
O sol forte adorado, bate no mar ao acalentar as montanhas entre o lago azul e a espera de amores.
O suave vento que balança as folhagens, vem sem temor resgatar o fundo do poço das águas mais límpidas.
E lodo é sinal de vida num fundo imaginário.
É como um lindo lago azul que colore a passagem, o caminho é seco e tenho esperança.
Quimera o momento de encontros, não haverá mais?
Como posso refletir num deserto árido sem água?
Como planejar um futuro sem ser de mim a sua presença?
Como posso deixar de amar-me?
Não sei mais em que ambiente cercam as folhagens entre as raízes. E não quero ser a terra rachada.
Vivo a sobrevida do encontro com a luz.
E adormeço seus sonhos em noite caladas.
E na imaginação do ardor, o calor do amor, abre-se a manhã de luz.
Aninha-se em meu colo solitário e quieto, sem expectativas, apenas respira e sente a vida, abrem-se as pétalas da flor.