Interrogação...Exclamação...Ponto...
Quem é você afinal?
O que devo dizer-te?
Que estrela te guia?
Qual a cor dos teus dias?
Qual o teu segredo?
Devo perder-te no momento certo de perder-te?
Tremer de medo?
Tropeçar de angústia?
Devo perder-me no sono do sonho?
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Ouço música, faço versos e recomeço outros.
Sinto-me uma lunática.
Tentando convencer o que não é compreendido.
Sei!
Ganharia no argumento se o quisesse
Mas me abstenho de fazê-lo.
Não quero correr o risco de pensar como você.
Tentei desvendar-te.
Não pude.
O amor, em surdina se desfez.
Vejo agora como caem as palavras.
Nada valem
Desfolham-se e são pisadas sem qualquer manifestação de vida.
Dessa vida
Maldita
Que não era para nós
A vida é a hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida, há um ponto final»
Fernando Pessoa