AO ACASO

Não fosse a expatriação dos tempos, as lembranças permaneceriam vivas envelhecendo o tom das emoções. Como uma presença esquecida entre tantas percepções jovens, como uma guardiã circunspeta a vigiar os sonhos vindouros... A permanência seria o próprio esquecimento.

A esmo tropeço em palavras e caminho sobre orações embriagadas de significados. O que me atormenta é não conseguir definir as farpas entre memórias e realidades. Esquecer não basta!