Prostitutas no meu sofá
Pardais e pombas
Piolhos e pulgas
É o que a cidade me dá
Pocilgas pobres
De ponta a ponta
Prostitutas no meu sofá
Puleiros com poeira
Pesadelos paralisados
Pânico nas brincadeiras
Mobiliam meu pensamento
E só uma ponta de cigarro
Nos meus dados
É um copo quebrado
É uma bituca
E ela não saí daqui
A maldita prostituta
Saí!
Praticamente o nada
Povoa a mente
Perdoar a vida
De quem pressente
Não vale o esforço
Polivalente... que fiz e tanto fiz
Eu que me achava assim
Prepotente, racionalista
Penso agora com maus cuidados
Penso sem pensar
É isso, só isso, só isso que a cidade me dá