Um egoísta: latino-americano-latindo
Nunca tive medo de nada. Já não tenho medo do tudo. Cápsulas estranhas, pedra sob pedra, há contradições, dama sobre damas. E deixe-me falar os absurdos, nunca é demais tentar ser artista. Eu tomo os microfones, me chamo de poeta, faço a bosta toda minha e acabo nas platéias, cheio e grana e fama. Não aprendi a ser menor: sempre que há um jeito, me deleito na desgraça dos outros, e acabo por me tornar mais um na mídia ou no Chacrinha. Eu nunca tive medo de escorpiões e já não tenho dó do DOWN dos outros. Eu sou mais latino, americano latindo, cão da madrugada, síndrome da melancolia. Caso me esperes, favor, espere o fim.