Fé que Alimenta
Sopro no túnel uma brisa quebrada
Castiçais ungem-me, todo o fel
Meus esconderijos me rastreiam
Rastejando cobras, escorpiões, alguns anões.
Não há estagnação, é o inferno a sorrir
Desmerecendo, pouco a pouco, o sorvete
Os açúcares a melarem, novamente
Repatriado nos lençóis serenos, acendo a lanterna.
As bandeiras a meio mastro tremulam, desconfiadas
São molares driblando as engrenagens dum asfalto quebrado
Os olhares vestindo grinaldas escarlates, verdejantes tons
Hão, fugazes, hirsutos e denodados infantis.
Axilas viris alimentando esperança
Desfralda mais um tomo, na velocidade do átomo
Num átimo, torno a me sustentar, num bem estar convulsivo
E ingiro de tarde o café, debalde a fé.