MARES DO CARIBE
Azul belo das pedras raras é a cor do mar.
Também, verde com seus matizes
é quando o fundo não se assenta tão profundo.
Lençol de cristal quase invisível sob a incidência dos raios luminosos,
perpendiculares.
Há pureza nas profundezas coloridas, na ocorrência de corais;
alvas, no entanto, se o sedimento calcário
desprendido das colônias de pólipos se deposita e se faz inerte.
Logo, a evolução das raias, antes em repouso, agora tudo agita.
E turva. E se movem algas, cardumes, lacustres, hidras, planctos...
É a dança submersa que se reprisa no curso dos milênios;
balé marinho que se encenará, até o volver das águas à quietude,
para pronto tudo recomeçar.
Mas, de tanto que se vislumbre,
não se catalogará sem-fins de beleza a sustar, a afagar
e a afogar o fôlego! Maravilhado e sem fatiga,
de todo esse encanto despojo,
com meu olhar pirata inçado de invídia sob o céu igualmente azul,
nas Índias Ocidentais!