LUA CRESCENTE DO NOSSO AMOR... !i!



Depois de tanto minguar a lua se apagou e se trancou no seu escuro quarto
Vestiu-se de uma roupa prata e começou a aparecer de mansinho no salão do céu
Onde as bailarinas de todas as noites sem nuvens aparecem para dar seu show:
- As Três Marias, o conjunto Cruzeiro do Sul, a Ursa Maior, as Plêiades, todas elas
Brilham e rebrilham buscando cada uma dar o melhor de si para encantar a vida
Que pulsa nas galáxias e constelações inteiras do cosmo infinito... E tão bonito...!

Ensimesmado ao entardecer esperava eu a entrada das doces bailarinas celestes
Quando a vi...! Vestida de prata estreava galante, tal e qual linda amante de todos
Os poetas que amam a noite e seus segredos, seus medos, seus traumas e almas...
Surgiu alterosa, garbosa, cheirosa, gostosa, mas e o seu vestido...! Apenas metade...!
Então docemente segredou-me baixinho: _ “Estou-me crescente! Inteira, mais tarde!”

Olhei para ela que olhava o oriente e sem qualquer rodeio perguntei se a viu... !i!
_ "Pois há dias só olha p´ro céu mas não vê a lua, e os seus segredos não podem trocar... !"
A lua me disse confidente e matreira: _”Lá p´ros lados de ... (!i!)” não vou por agora
Quando a chuva for embora, depois de lavar todo o salão do céu, então poderemos,
As bailarinas e eu, deslizarmos na dança e na contradança, convidarmos os amantes
Para juntarem-se a nós... cegos e pobres mortais, que se amam e desamam... demais!

Então, minha amiga como para urdir intriga mostrou um vulto em sua barriga... de lua
E eu pude ver (com sinceridade) o vulto amado da minha querida escrevendo poesia
E não decidia se falava de mim (que a amo) ou de outro amor que há muito se foi...
Mas que nunca esquecia...!i!