Noite Perfeita*
Talvez só um aceno de cílios,
um deslizar da mão na penugem dourada,
um gesto que queima, uma aragem que a alma incendeia...
Ou o que nunca ainda foi, o transpor do limite,
o amor, a rendição plena.
A primazia da carícia inquieta,
noturna sedução, a Lua solidária, entreaberta...
Talvez uma noite de olhares castos, amantes adiados.
Não sei...
Quem sabe um cristal que se parte em mil cores,
um eco que se propaga, uma estrela cantante
num manto recital estrelado,
a fosforescência despida nas retinas das palavras.
Perfeita talvez uma noite de constelações
como candelabros no derramar da paixão
no corpo de nós, prateado...
Talvez o encontro das almas num beijo,
onde se ergue a voz límpida do morno e acolhedor desejo...
Talvez só enlaçar os dedos e esperar a noite, sem medo.
No entardecer vermelho da luz
aporta a infindável sede de vida,
e talvez amor, para a noite perfeita, seja cedo ainda.
Karinna*
Talvez só um aceno de cílios,
um deslizar da mão na penugem dourada,
um gesto que queima, uma aragem que a alma incendeia...
Ou o que nunca ainda foi, o transpor do limite,
o amor, a rendição plena.
A primazia da carícia inquieta,
noturna sedução, a Lua solidária, entreaberta...
Talvez uma noite de olhares castos, amantes adiados.
Não sei...
Quem sabe um cristal que se parte em mil cores,
um eco que se propaga, uma estrela cantante
num manto recital estrelado,
a fosforescência despida nas retinas das palavras.
Perfeita talvez uma noite de constelações
como candelabros no derramar da paixão
no corpo de nós, prateado...
Talvez o encontro das almas num beijo,
onde se ergue a voz límpida do morno e acolhedor desejo...
Talvez só enlaçar os dedos e esperar a noite, sem medo.
No entardecer vermelho da luz
aporta a infindável sede de vida,
e talvez amor, para a noite perfeita, seja cedo ainda.
Karinna*