Dos olhos.

Capão da Canoa- RS 20/12/09 13:35hrs

Deparei-me com duas cacimbas brilhantes,

Recostadas delicadamente em uma face pueril,

Dois perfeitos círculos em vivacidades constantes,

Fulgor inimaginável contrastando o céu anil,

Duas luas cheias exibindo elegância,

Um par de simplicidades com porta aberta,

Dois complementos de toda a exuberância,

A disponibilidade a uma nova descoberta,

Um sempre atrelado na união de dois,

Dois compactados formando a imagem de um,

Ângulos perfeitos vislumbrados depois,

Direcionando a imagem a um espaço comum,

A “luz” que é emanada é transcendental,

Sem falsos pudores, conquista todos os espaços terrenos,

A equiparação da energia passada é pura, é triunfal,

E há a absorção de todos os sonhos plenos,

A tonalidade nem importa, fica em segundo plano,

Pois o conjunto da graciosidade é a evidência,

São dois sustentos a qualquer desengano,

A sublimação tranqüila e perene a uma existência,

E nestas duas vias de ‘vida’ plena e constante,

Quem os adsorve uma só vez fica encantado,

Permanece inteiramente cativo à lucidez inebriante,

E, em graça, redescobre a beleza deixada de lado,

Duas gêmulas que deixam sem medo a alma à vista,

Propiciam uma constância de afabilidades também,

Difundem-se rapidamente sem a inquietação da conquista,

Ajeitam com graça os sentimentos de alguém,

Dois pontos cintilantes no universo,

Duas novas razões na busca da felicidade,

Dois bons motivos para compor um verso,

Milhões de pretextos no estado de alacridade,

Encontrei estes alvos acesos num feliz acaso,

E neles, (nesta eventualidade), também perdi-me faceiro,

Mergulhei bem fundo na placidez destes olhos rasos,

E esta graça, promulgarei exultante ao mundo inteiro!

Amaro Larroza.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 22/12/2009
Código do texto: T1990397
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