Tempo
O tempo não corre, ele passeia enquanto nos recusa fitando-nos com desilusão e ânsia de o termos perdido, de estar consumido sem necessidade. Estuda diligentemente as nossas existências, como quem lê um livro de boa vontade. Cheira o aroma dos nossos pensamentos e fundamentalmente os nossos atos... Tudo existe por ele desejar. Portanto ele dura, consome tristezas e alegrias de toda uma vida humana e animal. Renasce e governa cada um de nós, determina o momento em que nascemos, o instante em que falecemos. Medra em oportunidades, em espaços de tempo que ainda têm possibilidade de ter solução e em pingos de «Não, o tempo acabou!».