INCÓLUME PRESENÇA

OS DIAS PASSAM NO MEU PASSO...

E PRESA À SINGULARIDADE,

COM A PALAVRA, PENETRO NAS FRESTAS.

VEJO OS INTERVALOS DO TEU SENTIR

COM A UMIDADE DO MEU OLHAR.

SÓ QUERO DESPIR O MUNDO...

ACARICIAR OS CONCEITOS,

DES-CONSTRUIR, DES-NUDAR

AS VERDADES BEM VESTIDAS.

MEU ACOLHIMENTO FÁLICO

SORVE AS GOTAS DO SEM-TEMPO.

E, NO ATO SOLITÁRIO,

DELEITO E EMBRIAGO-ME.

COM ATREVIMENTO

MERGULHO RUMO AO ALTO,

O MEU DESCOMPASSO...

QUE DESLIZA,

NO SAL DAS MINHAS ASAS.

MAS, SEI QUE NELAS

TEM POESIA, FOGO E PROMESSA...

ASSIM, NOS SOLUÇOS DA NOITE,

ME REALIZO AO SABER

DO SABOR INEXORÁVEL

IMPRESSO NO VIR-A-SER.

QUEM SERÁS TU?

AO SER, EM SI, RENASCIDA,

ESCULPIDA, CONSUMIDA,

NA BOCA DO TEMPO AMANTE...

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 18/12/2009
Reeditado em 22/08/2011
Código do texto: T1983658
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