Sinfonia
Trompete, morada dos anjos
Rima escuta zunido de fúria
Ameniza, penetra raspando
Toca as beiras, estátuas de mármore
Jeito eclético, fino toque, uma pluma
Boca não há, pois há ouvidos: dois!
São poucos, inopiosos tímpanos
Arrancam os gemidos, intensos, delicados
De pesados e tredos esquifes,
Não hão jeitinhos, só espinhos
Insuflam gaivotas migratórias, em vôo
Meus cálices de incipientes pés
Não quebram, ferrolhos e gases nobres
Do quedo e vil metal, a seta aponta, apronta
E a ginga monta em touro, puro de origem;
Ao ressoar das cordas, o tilintar se omite
Quanta imensidão! Incomensuráveis são;
No processo uterino, a lágrima esgrima
Nem se abruma, nem se oculta,
Dilata-se, rente ao pascigo, ide ao ninho;
Meus lemas... Factíveis sistemas sem nichos;
Anciãos, rotos, cegos, imbecis.