Piano
Quando puderes põe teu vestido azul, Mãe! Não fale baixo que é para não deixar dormir a artrose ramificada da tristeza, que quando comigo conversa vem piano. Quando me excomungares, escarra por mim, mas venha piano, pianíssimo! Não erice estas asas castanhas para mim. As ligaduras delas eu poderia arrancar com os dedos meus, tão habilidosos como o bisturi que solitário se esteriliza em sua introversão. Quando falares comigo, fale, xingue, corte-me a face, me mande à puta que pariu, mas fazei piano, pianíssimo!