Dias
As horas não passam
Os minutos ficam
Ecoam vozes de repente
Invadem o vazio e perduram no silêncio
Me enganando novamente
Risos tristes
Prantos Alegres
Lábios Cansados
Ensaiam preces
O confronto entre o medo e o amor
Resulta na dor que já não sinto
Dias dissipam o caos
Contido em cada distração
Retrato cruel de minha própria imperfeição
Nada é igual
Restos da noite
Misturam ao amanhecer
E cada milésimo de tempo
Me faz envelhecer