Eu poderia, mas não sou
Eu poderia ser arquiteto
E, quiçá, chegar ao teto.
Poderia ser um pregador
E, pregar no púlpito
Com os cravos do Senhor
Como um belo carpinteiro
Pensando em dinheiro,
Sendo “servo” de Jesus.
Mas, preferi ficar quieto
E escrever fala de luz.
Sem querer ser duro
Como o madeiro
De sua pesada cruz.
Ou, um bom florista
A cuidar de bela flor.
Médico a cuidar da dor
De paciente crente
Com atitude recorrente.
Dentista a cuidar de dente
Doente de simples paciente
E, ao vê-lo sorridente
Sentir por ele o amor.
Poderia ser atleta,
Poderia ser tudo e nada Sou,
Então, resolvi ser poeta,
Qual da fala conquistou
O amor reverenciado
Por Jesus o salvador.
E por você meu amado
E notabilizado leitor,
É que resgato o meu pecado
Para poder dar meu recado
De modestíssimo proseador.
Posso nada ser, mas por você, tornei-me um escrevente...
Quiçá, prestativo-coerente de repente de “repente”.
Quem sabe se, modesto poeta pensador,
Porém, tenho tentado falar de amor.
Não se é poeta, se não falar de amor.