Promessa

Não vim combater, mas cumprir a promessa.

Aos dezoito morri, antes de conhecer, e o encontro marcado aos vinte e oito não vingou; aos trinta e poucos a ponte era terminada, depois de seis passagens (de três não sei o fim, de uma me esqueceu o meio, duas sequer comecei).

(A ponte e eu, madeira-de-lei e demolição, atadas com linha fina, velha, forte: linha de vó.)

Nem o bom combate me tenta, vim cumprir a promessa.

Vi aos trinta e oito, e nada mudou: aos oitenta e oito, pinto aquarelas com tufões e abismos, e as cores que explorem no quarto são as dos olhos do amor.

Já disse: pontes são para confiar, promessas, para cumprir.

Aos oito, saberei.

Gina Girão
Enviado por Gina Girão em 11/12/2009
Reeditado em 22/01/2013
Código do texto: T1973315
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