Não tem como escapar. Ou escrevemos sobre amor de
todas as formas ou desamor do mesmo jeito.
E eu pessoalmente ando buscando inspiração em Cla-
rice.  Ela rodeia meus pensamentos no dia a dia e
maravilhosa que só ela vai preenchendo certos momentos
soturnos e dificeis pelos quais vou passando.
E a leio.  E crio um cenário imaginário e por
instantes mergulho
nele buscando como refúgio a alma sensata
de Clarice.
Porque neles seus dizeres intensos provocam respos-
tas nessa plêiade de fragrâncias, luz e serenidade que
são a reverberação da minha ansiedade que na
pressa de descobrir meu caminho acabo não
enxergando senão por um canal estreito que nada mostra.

E Clarice me faz ver muito mais do que meus olhos vi-
ciados pelo ritual devastador da descrença teima em
ver.  Com ela reconcilio-me comigo e acabo
descobrindo as diferenças
e a certeza de saber que sou no que tu é para mim. 
E os sinais que não me fazem bem tornam-se
apenas um momento devastador
chamado desconfiança.

E com Clarice vou reaprendendo a arte de amar com
espontaneidade, simplicidade e confiança
de uma criança na mulher que sou.
Por isso leio, releio e amo Clarice Lispector. 
Minha Mestra, minha guru, minha escritora 
a melhor de todas.

 Serpente Angel

Com certeza Clarice é assim>>> tal como tu..marcou o seu tempo!! Uma Mulher singular como poucas....porque de iguais os diferentes estão cheios>>> Clarice que te inspira certamente se estivesse aqui inspiraria -se em ti!! de onde ela estas tenho certeza que estais muito feliz!!! Nesse silencio eu acho-me...sorvo-me...lambuzo-me de mim>>> e se depois eu não gostar do que absorve descarto o intragável!!! o bom de estar em silêncio é que depois esse som do silencio sai assim escancarado e só especiais é que ouvem!!! Maravilhoso te ouvir assim nesse teu silencio clariciano de ser.>> Meu beijo Imenso>>> Parabens>>> Obrigada sempre minha Linda>>> Pelo presente da tua presença em meu canto e pelo presente de proporcionar assim tão belas leituras.

Clarice nasce em Tchelchenik, na Ucrânia, em 1920. Chega ao Brasil com os pais e as duas irmãs aos dois meses de idade, instalando-se em Recife. A infância é envolta em sérias dificuldades financeiras. A mãe morre quando ela conta 9 anos de idade. A família então se transfere para o Rio de Janeiro, onde Clarice começa a trabalhar como professora particular de português. A relação professor/aluno seria um dos temas preferidos e recorrentes em toda a sua obra - desde o primeiro romance: Perto do Coração Selvagem. Ela estuda Direito, por contingência. Em seguida, começa a trabalhar na Agência Nacional, como redatora. No jornalismo, conhece e se aproxima de escritores e jornalistas como Antônio Callado, Hélio Pelegrino, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Alberto Dines e Rubem Braga. Os passos seguintes são o jornal A Noite e o início do livro Perto do Coração Selvagem - segundo ela, um processo cercado pela angústia. O romance a persegue. As idéias surgem a qualquer hora, em qualquer lugar. Nasce aí uma das características do seu método de escrita - anotar as idéias a qualquer hora, em qualquer pedaço de papel.

 Ângela Rodrigues Gurgel

Clarice sempre inspira belos textos. Sou fascinada pela introspecção clariciana. Bjs

Em 43, conhece e casa-se com Maury Gurgel Valente, futuro diplomata. O casamento dura 15 anos. Dele nascem Pedro e Paulo. No ano seguinte, ela publica Perto do Coração Selvagem. Em plena Segunda Guerra Mundial, o casal vai para a Europa. Perto do Coração Selvagem desnorteia a crítica literaria. Há os que pretendem não compreender o romance, os que procuram influências - de Virgínia Wolf e James Joyce, quando ela nem os tinha lido - e ainda os que invocam o temperamento feminino. Influências?

Perto do Coração Selvagem recebe o prêmio da Fundação Graça Aranha. Nas palavras de Lauro Escorel, as características do romance revelam uma "personalidade de romancista verdadeiramente excepcional, pelos seus recursos técnicos e pela força da sua natureza inteligente e sensível". Já no primeiro livro, identifica-se o estilo muito pessoal da escritora. Nas páginas, Clarice explora pela primeira vez a solidão e a incomunicabilidade humana, através de uma prosa inquieta, próxima da poesia em determinados momentos. Clarice Lispector: ela se parecia com Marlene Dietrich e escrevia como Virginia WoolfClarice Lispector: ela se parecia com Marlene Dietrich e escrevia como Virginia Woolf

 favo de mel

linda e bela inspiração....amei!!! bjs.demel

Eu escrevo simples. Eu não enfeito.

 

 

Manuel Bandeira, que publicara Poesias Completas e Poemas Traduzidos e enviara os exemplares para Clarice na Europa, pede, em 1945, alguns de seus poemas para serem publicados.
"Quer me mandar algumas coisas? Você é poeta, Clarice querida. Até hoje tenho remorso do que disse a respeito dos versos que você me mostrou. Você interpretou mal minhas palavras. Você tem peixinhos nos olhos, você é bissexta. Faça versos, Clarice, e se lembre de mim. Você nunca é falante, barulhenta. O que você escreve nunca dói nem fere os ouvidos. Você sabe escrever baixo. E sua assinatura, Clarice, é você inteirinha: Clara...Clarinha...Clarice."
Manuel Bandeira.

Clarice com Paulo, o filho mais novo: fascínio pela linguagem infantilv

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Pessoa como Clarice é anjo de luz, veio apenas para iluminar os nossos caminhos. Adoro você poetisa menina. Beijos do Tonho

Jornalista de carteirinha