Recife e o resto da noite

Meia curva e meia volta para o fim, é aqui que você chega, é aqui que você vai cair. Não fui eu que me escolhi pra me ter por seu inimigo. Eu não propus esse combate, eu não dispus desses modos.

Meio acorde e meio tom a mais ou menos, a meia hora daqui. É o nosso mundo blue, é o nosso giro triste, é o nosso blues bem blues. Meia cova e mais um terço de areia dourada sobre os nossos ossos para uma estranha vida na eternidade efêmera. Quem tem a mão pra bater? Quem tem os pés pra comer? Quem tem você toda em mim? E tem mais meia história ocidental. E tem mais arranjos e mais metal, e mais arranques, e mais transas, e mais de nós, e mais de meios.

Meia praia sobre nós e o resto da aurora nos serve de espetáculo banal, e os deuses e Poseidon, e a imaginação mais absurda nos diverte a essas horas. Ontem houve um show, hoje o nosso show. E é chegada a hora do abraço, e... Nos separamos. Nos desencontramos. E foi tudo entre Recife e o resto da noite.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 08/12/2009
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