Falar por falar

Deixem eu tentar escrever um pouco...

Tudo no saco. Tudo do saco, e a bomba explode, e o caso acontece, e a copa é nossa, e o Brasil é deles, e a merda é nossa, e o governo é nosso, e as STRIPPERS são nossas, e o meio quilo de pó é nosso, e a imbecilidade mais aguda é deles, e a oligofrenia mais avançada é deles, e a música é nossa, e a composição é nossa, e a bomba atômica é deles, e ROMEU & JULIETA é deles (emprestado), e o avião é nosso, e a patente falsa é deles, e o caminhão é deles, e os peões são nossos, e o plural é nosso, e a pluralidade é nossa, e os canteiros são deles, e o Machado é nosso, e o Mr. Twain é deles, e a coisa boa é nossa, e as mulheres boas são deles, e a mata fechada é deles, e a pirataria biológica vem deles, e as sanções e resoluções ridículas são nossas, e o mefisto é meu, e o poema é meu, e a página é deles, e o Simbolismo é meio meu, meio teu, meio do CRUZ também.

Tudo no saco. Tudo so saco. Chega de saco cheio. Chega de babações. Quem virá a nosso favor, a favor da nossa cultura? Os Yanques do Norte? Ou os Yanques daqui, aqueles que usam o uniforme às avessas para não contradizer o patriotismo azedo?

E é questão de xenofobia? E é questão de inveja? Não, é questão de falar por falar mesmo.

Obrigado.

Escrevi.

Mefistofélico

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 08/12/2009
Código do texto: T1967012