AMORES IMORTAIS
Não há poética mais bela neste efêmero mundo
que a do segundo dos amantes da eternidade
que daqui não mais fazem parte, mas imortais
vivem seus ideais de amores casuísticos.
Antiético é não viver a paixão que vem da brisa,
como a de Abelardo e Heloísa, que à primeira vista
se apaixonaram e a conquista de tamanho amor
acabou em dor e desejos brutalmente castrados.
Carrasca das causas do coração, a vida é atroz
e algoz foi de Jeanne e Modigliani, que mal viveram
e já morreram sem nem três anos de romance,
eis a nuance de um conto, à Père Lachaise, sem fadas.
Prosaica é a prosa da vida e um tanto sem poesia
quando se trata sem simpatia, a história de casais
que jamais se entregaram ao desatino de um destino
onde somente a morte é a sorte de um futuro feliz.
>>KCOS<<