A solidão da noite

A solidão da noite

Como é solitário o silêncio parcial da noite

Tantos dormem, outros vagueiam

Tantos choram, outros esperam

Uma coisa é certa

A solidão da noite

As horas parecem não ter pressa

Pressa essa de quem vive a noite

Do plantonista ao doente

Que utopicamente crê que

Que a luz lhe trará alívio

Uma coisa é certa

A solidão da noite

A noite solitária é inimiga dos que amam

Pois a estes passa ligeira

Eternizando pensamentos, sentimentos

Momentos e perfumes

Uma coisa é certa

A solidão da noite

Na penumbra a os que choram

Os que se iludem com venenos

Os que vivem o torpor da ilusão

Dos amores idílicos

Uma coisa é certa

A solidão da noite

Enfim, a os que oram, os que choram

Os que partem, os que chegam

Os que cantam e esperavam aplausos

Os que se embriagam e ébrios vão enfrentar o destino

Uma coisa é certa

A solidão da noite

Os boêmios não sabem

Mas intrinsecamente são solitários

Que embora acompanhados de outros

Chegam a conclusão de que

Uma coisa é certa

A solidão da noite

Wilsonfiodideus
Enviado por Wilsonfiodideus em 07/12/2009
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