Dança em labirintos...
Lembro-me dos dias que criei... Das frases que ditei... Dos medos que saturei...
Rodo pelas ruas asfaltadas da memória... Beijo o vento e anuncio o meu destino... Pedras... Montanhas... O fio fino da gota d'água.
Alimentei o meu sorriso... Isso tudo foi bonito... Lantejoula-se até precipícios.
Uma volta na dança... Olhar o chão com lambidas de cabelos... Cruzar o mundo em ritmo acelerado... ( Danço em ventre, em músculos cardíacos...)
Sonhos... Sonhos... Sonhos!!... Redondos e açucarados.
Risco as páginas dos sentidos... Loucura sã, que cria vários capítulos.
Moldo-me as formas que me são oferecidas... Cuspo nos moldes de outras vidas... Rasgo as vestes... Alucinada pelo desejo?
Calmaria... Vento fraco... Apenas eu fico... Falho!
Perfeita erudição... Dos papiros e entremeios...
Resmungo os dias... Peço para que sejam mutilados pelo tempo...
Apenas crostas limitadas pelo homem... Amanhã? Sei lá do rótulo que anuncias... Hoje, perfumo a noite... Ontem, virei vitrine...
E que rosnem todas as trovoadas... Eu e eu mesma... Nada associada a nada, gera um bom começo.
Partículas de gritos abafados... Gosto de chuva fina nas verílhas de uma estrada... O lugar é tão longe... Curva-se na primeira esquina.
Basta olhar o caos que nos rodeia... Inteligência?... Acaso?...
Que venham as escadarias... Que os sulcos adornem os escaravelhos... Egito, danço... Nos músculos que me serpenteiam, meu labirinto.
10:32