O cachorrinho
Na casa que fica em frente
Tem um cãozinho engraçado
Ele é tão pequenininho
Que desafia a gente
A acreditar que o danado
Seja mesmo um cachorrinho
Quando ele anda
Balança as ancas
Num rebolar bem faceiro
Fareja buscando cheiros
Com seu focinho minúsculo
E quando solta a voz
No seu “potente” latido
Que mais parece um grunhir
É de matar o bandido
Matá-lo de tanto rir
Ele não tem mais que um palmo
Parece uma prece, um salmo
À Divindade que o fez
Os olhos dão conta disto
Duas pequenas estrelas
Voltadas pra Jesus Cristo
Ele é tão pequenininho
Que quando vem no jardim
Move as patinhas com pressa
Num anda que anda que anda...
Como quem tá atrasado
Mas nunca que chega ao fim