Assuma as Rugas

Deita a bela dama

Na tórrida alva areia

Que o cansaço abateu.

Se a idade rejeita

As rugas, a intemperança

Mostra-te ao Egeu.

Molha a macia penugem

No seio aveludado do mar

É azul, lastro seu.

Seca ao sol de verão

O ideal da sociedade

É verde, o ateneu.

Lembre à admirável paisagem

Do vazio que te rege

Eu o deixei, é teu.

Traga na vinda próxima

As rugas, a intemperança

Elevar-te-ão, apogeu.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 17/07/2006
Código do texto: T195806
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