Celso Andrade disse, eu ouvi e peço licença a ele para
acrescentar ao meu texto pedaços dele que de mim muito se aproxima.
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Obrigada Celso, roubei de você as palavras
de sonhos não realizados, entraria no mar e lavaria cada sujeira deixada pelos "sem alma", porque toda alma sonha com um corpo sossegado de perdas, frustrações, e falta de afeto, depois disso tudo deixaria de ser eu mesmo, sem bagagem, viajaria mundo afora sem amarras, e sem apego.
Por isso quando chover vou para dentro da chuva fazer
morada e, como vai ser mesmo água para todo lado a-
proveitarei para chorar os desenganos e mágoas que se
petrificaram em mim.
Quero pegar todos os resfriados que tiverem que vir.
Que venham agora antes que o ano termine.
Muita coisa nem a água nem as lágrimas irão levar.
Afinal a vida é constituida de uma série de acontecimen-
tos que se não existissem, cadê o mérito da força?
Coisas boas e ruins vão adentrando a alma sem si-
quer pedirem licença e sem cerimonia alguma insta -
lam-se confortavelmente no coração dando cólicas de
tristeza.
Por isso vou morar na chuva por instantes quando ela
vier. Será como um Anjo protetor à me socorrer.
Depois uma bela chuveirada, uma gostosa e felpuda
toalha e voilá, de bem com a vida como sempre estive.
Nossa, totalmente p mim, nesse dia!!! Como aqui não está chovendo, vou ao encontro do mar p ele me envelopar... Bjs...