A bela da tarde
Bela flor em botão que à noite vai às balalas
Como pétalas perfumadas. Tu és bela, que pensas,
Cresces como rosa sem preconceito e não és branda
De amor, és frágil e muitas vezes desprotegida.
Dália no pé corada, de coloridas corolas e fé liberada.
Ah, jovem moça da tarde o que foi que te aconteceu
Para assim guiar o pólen que Deus a ti confiou?
Entretanto, livres sorrisos em tua casa acesa
Exibindo o vermelho dos dentes dizendo algo
Sobre o amor e as vezes cantarolando gritas como coruja
Ao luar. Que em tua rua deserta rola vagando ao léu,
Porém, que luz bendita de estrela em teus olhos de jabuticabas
Maduras. Em teus olhos negros vejo o quanto falas:
Meninos entrem e venham ficar comigo!
Sinto então o teu tesão agitar-se imediatamente
O amor descontrolado com que o controlas. Ó piedosa! Lisa,
Glútea amante cheirando jasmim e espalhando cantos felizes
Com perspectivas futuras, cantas, mãe moça, a melodia do
Do cantar noturno.Loira, branca e morena próximas do
Choro. Como padeces, que calmaria deve falar em ti
Esse grande astro tranqüilo dos deuses e dos ídolos!
E o refutar dos gritos com o qual aumentas a prudência
Como se parece com a luz acesa, escrutina de um campo-santo
Formado de lembranças! Profusões, ponto estacionário da
Rapaziada, corredor dos carentes! Belíssima mulata
Ornada de fantasia vives a festa da primavera pelas casas noturnas
Da cidade fazendo carnaval? Para onde quer que vão teus cantos
Para onde quer levar teu barco? Por que te deixas paradas
Simpáticas e delicadas nos jardins desse colorido espaço
De tontos girassóis? Pó que não te massacra, ó amiga? Ou melhor
Apague as chamas dessa roupa que te queimas e não te colocas em tochas em prol desse garotos que nada tem a oferecer neste mundo de Deus