Dançando em algum céu

O luar era tão claro e presente,

que quase se pegava

com a mão.

Então, do fundo do peito nessas noites,

subiam sentimentos vagos, estranhos.

Um perfume de açucenas ou jasmins,

cantar de grilos, conversas na varanda.

Coisas antigas, distantes.

De repente, no jardim, podia acontecer

um lago, uma floresta, cachoeiras, duendes de papel,

bailarinas de algodão...

Um desabar de mistérios.

Hoje tudo fica suspenso

no silêncio, esperando pelo nada.

Jac Rizzo
Enviado por Jac Rizzo em 01/12/2009
Código do texto: T1954846
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