Dançando em algum céu
O luar era tão claro e presente,
que quase se pegava
com a mão.
Então, do fundo do peito nessas noites,
subiam sentimentos vagos, estranhos.
Um perfume de açucenas ou jasmins,
cantar de grilos, conversas na varanda.
Coisas antigas, distantes.
De repente, no jardim, podia acontecer
um lago, uma floresta, cachoeiras, duendes de papel,
bailarinas de algodão...
Um desabar de mistérios.
Hoje tudo fica suspenso
no silêncio, esperando pelo nada.